sábado, 27 de março de 2010

Ernesto Montiel

Símbolo absoluto da música folclórica do litoral argentino. Seu público e seus amigos lembram-se do maestro Ernesto Montiel como uma pessoa afetuosa, que com seu acordeón soube encontrar inspiração e criar magníficas obras musicais.

Em 26 de fevereiro de 1916 nascia em Paso de los Libres Don Ernesto Montiel – o senhor do acordeón – que um dia deixaria sua cidade natal para unir-se aos melhores intérpretes da música litoraleña da época: Emilio Chamorro, Ambrosio Miño e outros, até unir-se a Isaco Abitbol.
Junto com Abitbol formariam o Cuarteto Santa Ana, uma sólida união no aspecto criativo, dividindo a paternidade de numerosas obras musicais, entre elas a polca General Madariaga, o chamamé Ñatita, o valseado Don Chirú ou os rasguidos dobles Padrino Tito e Martínez Gutiérrez.
Ernesto Montiel, entre tantas atuações em Buenos Aires, inaugurou Los Carnavales Folklóricos de San Lorenzo de Almagro, compartilhando o cartaz dos astros com a Orquestra Típica do maestro Carlos Di Sarli e com os Hermanos Abrodos.
Posteriormente se sucedem atuações pelas principais emissoras de rádio da grande Buenos Aires e turnês de sucesso que o elevam profissionalmente.
Em 1969 o grupo figura entre os mais vendidos discos do selo Philips. Por ocasião do primeiro Festival Cinematográfico foram eles os encarregados de receber as delegações estrangeiras participantes em um banquete no El Tigre. O Cuarteto Santa Ana de Don Ernesto Montiel também teve a honra de mostrar sua arte musical no teatro Colón de Buenos Aires, sarau ao qual assistiram o Presidente da República e o príncipe dos Países Baixos. Por sua capacidade e espírito criativo recebeu a benção do Papa Paulo VI pelas obras “Villancico Correntino” e “Valsecito Navideño”. Ao mesmo tempo foi reconhecido por outros expoentes do mundo artístico nacional, como Astor Piazzolla e Osmar Madera.
O Senhor do Acordeón morreu em Buenos Aires, em 6 de dezembro de 1975.

Nenhum comentário:

Postar um comentário